domingo, julho 31, 2005

O cubo

Eu era assim...


Em breve serei assim...


ou assim...


O Fórum de Ilhabela não mudou muito, mas mudou bastante.

quarta-feira, julho 27, 2005

Argumentum ad ignorantiam

Declaração recente do prefeito Manoel Marcos a respeito do Nissan X Terra, que acontecerá no próximo fim-de-semana:

“Ilhabela ter vencido a seleção para sediar o evento, por ser a cidade brasileira com maior índice de preservação da Mata Atlântica, muito nos orgulha.
Este título demonstra a preocupação de nossa administração com os assuntos relacionados ao meio ambiente. Não mediremos esforços para o sucesso deste grandioso evento, que conta com o apoio da Prefeitura”. (grifos meus)

Demonstra nada, e eu já falei disso antes.

terça-feira, julho 26, 2005

O muro



O que é aquilo na Barra Velha que alguns têm chamado de "Fórum de Ilhabela"?

quinta-feira, julho 14, 2005



Perdoem o longo período sem posts. Eu e a maioria das pessoas de Ilhabela estamos servindo os turistas que vieram para a 32ª Semana de Vela. Volto em breve.

A todos, muito obrigado.

quarta-feira, julho 06, 2005

Campo de Mexilhão

Trata-se de uma das maiores reservas de gás natural do país, recentemente descoberta pela Petrobrás a cerca de 120km da costa sul de São Sebastião, em alto mar.

Os prefeitos da região estão temerosos com o impacto da implantação da base de extração de gás, conforme notícia veiculada pelo jornal Vale Paraibano:

O prefeito de Ilhabela, Manoel Marcos, disse que a Petrobras, ao convidar os prefeitos e ambientalistas para uma visita a Urucu, procurou mostrar suas responsabilidades sociais e ambientais. "Trata-se de um investimento que irá agilizar o desenvolvimento na região."

O prefeito afirmou ainda que os possíveis impactos poderão ser minimizados a partir de uma maior fiscalização por parte das prefeituras e da sociedade civil organizada.

Manoel Marcos disse acreditar que Ilhabela deverá arrecadar cerca de R$ 4 milhões mensalmente em royalties provenientes da exploração do gás.


E R$4 milhões de reais por mês, assim, de mão beijada, sem precisar fazer nada, preocupam? De um lado, a preocupação com o impacto sócio-ambiental. De outro, alguns milhões mensais em royalties.

Só para ter uma idéia, a prefeitura gasta mensalmente cerca de R$3,5 milhões com folha de pagamento.

Faz assim: pega R$1 milhão por mês dos royalties e monta um sistema modelar de desenvolvimento, proteção, monitoramento e fiscalização sócio-ambiental. Ilhabela vai ficar linda, com praias limpas e matas ainda mais preservadas e ainda vão sobrar R$3 milhões para pão, circo e tudo o mais que a imaginação sugerir.

Mas...

domingo, julho 03, 2005

Ilhabela, Orkut



Já faz algum tempo que Ilhabela está no Orkut. Há uma comunidade genérica, que reúne moradores, turistas, interessados ou simples admiradores do arquipélago. Uma outra, dedicada a moradores e ex-moradores. Há uma comunidade dedicada ao antigo grupo de Ki-Aikido de Ilhabela (perdoe o jabá). Há também diversas comunidades dedicadas às baladas, passeios e agitos de Ilhabela -- estas eu não pretendo linkar aqui.

São espaços interessantes, com pessoas interessantes. O problema é quando as pessoas menos interessantes -- que parecem ser a maioria -- começam a crer em duas coisas:

1) que o Orkut é terra-de-ninguém.
2) que toda opinião é consistente até que se prove o contrário.

Então, o que deveria ser bom e frutífero torna-se ruim e improdutivo. Perde-se tempo desta forma. E o tempo é valioso. Quem valoriza o tempo -- o seu e o dos outros -- pergunta-se duas coisas antes de crer naquelas duas coisas mencionadas logo acima:

1) Sobre o que estou falando?
2) Por que estou falando disso?

Estas duas perguntas são formas de se manter a lucidez em relação aos objetos e às razões de uma discussão. E muito, muito se ganharia com o esforço individual e sincero em obter respostas decentes a essas perguntas. Ofensas seriam evitadas, discussões seriam abreviadas, divergências seriam eliminadas.

Logicamente isso não vale apenas para as comunidades ilhabelenses do Orkut ou para a própria cidade de Ilhabela, mas seria adequado começar nesses dois lugares.

Um lugar bonito (Ilhabela ainda é assim) não dispensa seus moradores de se tornarem belos também, mesmo que isso aconteça por razões alheias à simples estética.

sexta-feira, julho 01, 2005

Credo quia absurdum

O vereador Márcio Garcia está estudando a possibilidade de introduzir o ensino religioso nas escolas municipais de Ilhabela. Ok. Só gostaria de saber como se pretende fazer isso sem se restringir o ensino religioso às aulas de catecismo.

Ensino religioso abrangente e imparcial invariavelmente cai no relativismo babão, que diz que todas as religiões são iguais e convergem para o mesmo fim -- o que é uma idiotice sem tamanho. Ensino religioso claro, objetivo e preciso exigiria a continuidade de alguns anos e a disponibilidade de sacerdotes de diversas religiões, inclusive as orientais -- e até onde sei Ilhabela não dispõe de pessoas preparadas para isso.

Para uma cidade como Ilhabela, uma boa formação religiosa poderia consistir em enviar os estudantes à Biblioteca Municipal e oferecê-los o Novo Testamento, o Bhagavad Gita, o Tao Te Ching e a Doutrina de Buda. Falta algo?

Conferência das Cidades



Segue o informativo divulgado pela Prefeitura Municipal de Ilhabela:

A cidade de Ilhabela está organizando a 2a. Conferência das Cidades, a realizar-se dia 04 de julho, a partir das 18:30 horas, no Centro Comunitário, no Bairro da Barra Velha.

A Conferência Municipal da Cidade é o espaço especialmente criado para congregar entidades representativas da sociedade para tratar de temas urbanos, como: Saneamento básico; ocupação desordenada; consciência Ambiental e emprego, qualificação e desemprego.

Programação:
18:30 – Inscrições
19:00 – Abertura e apresentação do filme “Repensando a Cidade de Ilhabela”
19:20 – Grupos temáticos
20:00 – Painéis de Experiências locais
20:40 – Grupos temáticos
21:30 – Plenária e eleição dos delegados

Maria Inez Fazzini Biondi, coordenadora Executiva da 2a. Conferência das Cidades, em Ilhabela, chama a atenção para a importância do comparecimento da sociedade Ilhabelense, como exemplo no exercício da cidadania.


Boa iniciativa, mas cabem aqui duas perguntas:

- A população de Ilhabela está suficientemente esclarecida sobre esses temas para exercer sua cidadania? Por exemplo, como esperar que o cidadão participe ativamente sugerindo soluções para o problema das ocupações desordenadas se é ele mesmo que cria esse problema? Neste caso, como em muitos outros, a conferência não corre o risco de ser uma espécie de mobral da cidadania?

- Como é possível repensar algo que nunca foi adequadamente pensado?