domingo, janeiro 21, 2007

Poluição visual

Porque discrição é tudo.


Bob's - Vila



Hotel Guanumbis - Itaquanduba



Sorveteria Napoli - Saco da Capela


E por último, mas não menos importante:


Pedra da Cruz - Morro da Cruz
Vítima de vandalismo de pixadores

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Pôr-do-sol em Ilhabela

Da janela do meu quarto, em 18 de janeiro de 2007.

  Posted by Picasa

quinta-feira, janeiro 18, 2007

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Problemas no trânsito?



Se você, como quase todo mundo, tem problemas com o trânsito no litoral nesta época do ano, junte-se à campanha que este blog está iniciando:

PEDALE!

Ilhabela tem uma ciclovia -- mal acabada, é verdade, topografia relativamente suave, trânsito suficientemente lento para evitar maiores ameaças a ciclistas). Por que não usá-la? Deixe o trânsito para os estressados.

E se tiver que cobrar algo do poder público, cobre mais e melhores ciclovias. Todos agradecem: a cidade (que terá menos trânsito), as pessoas (que terão melhor saúde) e o meio ambiente (que terá menos barulho e menos poluição).

O urbanista e os dois lugares



A partir de hoje, pretendo adicionar pelo menos um artigo novo por mês a este blog. Aparentemente os jornais de Ilhabela não têm circulado e eu acho que seria adequado publicar aqui o que eu publicaria neles.

Logicamente os demais posts continuarão a ser publicados neste blog, como venho fazendo desde 2005.

Eis o artigo de Janeiro.


O URBANISTA E OS DOIS LUGARES
Christian Rocha
gropius.org

Que tipo de cidade você quer para si? O plano diretor é recheado de boas idéias e de boas intenções. Mas sejamos honestos, são só boas idéias, são só boas intenções. Ainda que ele possa efetivamente evitar algumas birutices -- como a verticalização --, tudo o mais pode ser manipulado, exatamente como costuma acontecer com outras leis. Sempre haverá advogados dispostos a manipular o que diz o Plano Diretor, desde que sejam pagos para isso.

Cria-se então um questionamento que considero fundamental. Se o tipo de cidade que você quer -- para si e para seus netos -- não pode ser determinado por um conjunto de leis especialmente elaboradas para este fim, como fazer com que a cidade cresça e se desenvolva da melhor forma possível? Se não há formas de controlar o desenvolvimento da cidade, como fazer com que esse descontrole proporcione algo bom?

É um pouco assustador imaginar que não há como assegurar a qualidade do descontrole urbano -- e é o descontrole que configura a maioria das cidades brasileiras. O que há são formas de destacar o que há de bom no descontrole. Não se trata de impregnar-se de um otimismo ingênuo, algo que não cai bem num urbanista, trata-se de ter a habilidade de, pelo menos, saber ver e distinguir entre o que é bom e o que é ruim. É claro que a elaboração de critérios para este fim é exatamente o que alimenta o positivismo reformista que guiou o urbanismo nos últimos 200 anos e que originou os planos diretores e toda a aura que há em torno deles. Mas a lembrança de que a maioria desses critérios errou é capaz de evitar lambanças como as que geraram Brasília e tantas favelas. Fazer urbanismo, num país que tem favelas e Brasília, exige três esforços de consciência:

1) Saber que quem formalmente faz urbanismo no Brasil são as últimas pessoas que teriam condições para isso: os políticos. E que quem realmente faz urbanismo é quem normalmente está menos habilitado para essa tarefa: empresários do setor imobiliário e miseráveis.

2) Saber que a elaboração de projetos, de idéias, de planos, de manifestos e de critérios para intervenções urbanas é um exercício de presunção e, pela própria definição, recheado de ingenuidades e inconsistências, de força mal lapidada e de preconceitos -- coisas que fatalmente, no caso de um plano ou projeto específico, dividirão o mundo entre aqueles que gostam dele e aqueles que o abominam. E urbanidade consiste, em essência, na união -- queiramos ou não -- de muitas pessoas num espaço configurado por uma certa homogeneidade estrutural, administrativa, geográfica e cultural.

3) Saber que todo esforço para viabilizar os planos e intervenções urbanas dará em nada, ou que sua realização será classificada pelos próprios autores como algo totalmente oposto àquilo que havia sido elaborado inicialmente, o que atestará a inutilidade das horas perdidas em brain-stroms e prancheta e o valor da literatura sobre a arquitetura e o urbanismo. Ainda hoje é possível fazer arquitetura e urbanismo com o gogó.

Voltemos a Ilhabela.

A cidade foi concluída, como projeto urbano, no momento em que foi estabelecido o Parque Estadual de Ilhabela (PEI). Isso foi em 1977, através de decreto do Governo Estadual. A partir desse momento a Ilha de São Sebastião ficou dividida e a moral dessa divisão diz que a cidade é tudo aquilo que está fora do PEI. Noutras palavras, a cidade se estende até onde lhe foi permitido estender-se. É bom pensar nisso, não para que se busquem novos meios de contornar esse limite, mas para que ele seja respeitado diariamente e para que se saiba quais são os direitos e os deveres de cada "corpo" de que a ilha é composta -- a cidade e o Parque.

Ainda que o holismo esteja aí, tão atual, cidade e Parque são duas unidades estanques. Não queira somá-las sem entender suas respectivas dinâmicas. Depois de entendê-las é bem possível que você não queira juntá-las. Eu não quis.

Cidade e Parque são coisas diferentes. Não há sentido sequer em comparar as respectivas qualidades ambientais, porque uma pessoa jamais moraria dentro do Parque e uma casa de 15 cômodos não é lugar adequado para um tucano ou um lagarto. É natural que se queira preservar os respectivos lugares, porque pessoas, tucanos e lagartos merecem ter seus lugares para viver.

É natural também que se queira preservar não apenas os lugares, mas os mecanismos que os viabilizem. Neste caso, faz sentido defender a idéia de que o Parque existe também para que a cidade exista -- para servir a cidade, abastecê-la com água e ar puro. E é graças a esse servilismo que o Parque garante sua manutenção. Se ele não servisse para nada talvez nada fosse feito por ele quando algumas pessoas decidissem invadi-lo. No entanto, é graças à sua utilidade, graças à importância que ele tem para pessoas que precisam de água e ar puro, que o PEI é um espaço fundamental. E é graças a essas coisas que toda e qualquer invasão de sua área será motivo para preocupação e ação.

Algumas pessoas podem se incomodar com esse servilismo. Mas talvez ele possa resolver alguns problemas de preservação de recursos naturais. Eles sempre servirão para algo, não apenas para o Chefe Seattle escrever uma carta. O problema é que as pessoas não percebem isso, nem quando suas salas são forradas de mogno. Para isso, leis severas e separação. Deixe a cidade aqui e o PEI lá, para o bem de ambos. Talvez um dia tenhamos condição de tirar as cercas que limitam o Parque Estadual de Ilhabela. Por enquanto não.

*
Para saber mais:
Saite oficial
Ilhabela.org
Ilhabela.com.br

Novo endereço

Conforme anunciei no último dia 4, meu site pessoal está em novo endereço.

gropius.org

Visitas, comentários, críticas e sugestões são bem-vindos.

A todos, muito obrigado.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Lixo turístico



No litoral norte, muito trânsito, filas e lixo -- matéria publicada no portal Estadão de hoje.

A foto da matéria mostra uma imagem do lixo acumulado em Ubatuba, mas essa realidade tem poucas nuances ao longo de todo o litoral norte. O caos é geral. O lixo nem sempre é o problema mais visível, mas talvez seja o mais grave, seguido do trânsito, que praticamente congela todos os deslocamentos da cidade.

O que impressiona nisso é a lerdeza das pessoas responsáveis por planejar o turismo local -- sobretudo políticos, mas não apenas eles. Aqui em Ilhabela, fala-se agora aquilo que sempre foi visto e algumas vezes já dito: a cidade não suporta a quantidade de turistas que tem recebido nos últimos anos, os recursos e a estrutura são insuficientes, "Ilhabela vai afundar" etc. etc. etc.

"Nos últimos anos" não significa 3 ou 4 anos, mas algo que se repete desde o início dos anos 80. Nessa época muitos acharam razoável equipar as cidades e depois domar o turismo, que então já era intenso, mas não problemático como hoje. Ocorre que uma cidade equipada atrai mais e mais turistas, mais e mais investidores e muitos acharam razoável aproveitar esse desenvolvimento e equipar ainda mais a cidade, abri-la cada vez mais para gente disposta a investir em hotéis, pousadas, construção civil -- e depois, se sobrasse tempo, o turismo seria domado. E assim chegamos a 2007, seguindo a lógica do "vamos faturar, depois vemos como vai ficar". E ficou assim, exatamente como mostra a foto acima.

O problema é que quem tem o poder e a responsabilidade de domar o turismo sempre acha que a cidade agüenta mais um pouquinho sem regras para o bom funcionamento da atividade. E diz o ditado que nada é tão ruim que não possa piorar.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Problemas

Meu saite pessoal está provisoriamente fora do ar. Deve retornar em breve, em novo endereço e domínio próprio. Avisarei quando estiver tudo pronto.

Agradeço a todos a paciência e a atenção.