sábado, abril 26, 2008

Notas breves (mais do mesmo)

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-- Ao ver as bandeiras da Cetesb na praia, pense no seguinte: não importa a cor delas -- verde ou vermelha -- o simples fato delas estarem lá é sinal de que há muito tempo as coisas vão mal. Praias constantemente limpas não precisam de avaliações semanais. O ideal, portanto, não é limpar as praias ao ponto delas estarem próprias sempre, mas ao ponto da avaliação se tornar desnecessária. Não se trata apenas de eliminar a poluição, mas ir além e eliminar a possibilidade de que elas possam ficar poluídas um dia.

-- Eu não falo mais com pessoas que levam cachorros na praia. Geralmente estes é que são mais compreensivos. Além de tudo, ultimamente a água no Canal de São Sebastião tem estado pior do que areia com bosta de cachorro. Que os bichinhos fiquem à vontade para usar a praia como banheiro; talvez isso melhore a qualidade da água. Porca miséria.

-- Existe aqui, como em muitas cidades turísticas, um fetiche por coisas perfeitas demais. Calçadas lisas demais, paredes brancas demais, trânsito organizado demais. Falta substância, sobra aparência. Falta história, sobra novidade. Do que Ilhabela precisa afinal?

-- A avenida principal de Ilhabela é um lugar extremamente barulhento. Para um lugar que até bem pouco tempo estava acostumado ao barulho de tucanos, maritacas e outros bichos, é muito preocupante. Some-se a isso, aliás, o aumento natural dos decibéis durante feriados e temporadas.

-- Benefícios imensos a qualquer cidade cujos cidadãos pedalam e caminham em vez de dirigir motos, carros e caminhões. Ilhabela segue na contramão, preocupando-se mais com aqueles que poluem e fazem barulho do que com aqueles que não poluem e pedalam e caminham em silêncio.

sábado, abril 12, 2008

Evolução populacional de Ilhabela

Evolução populacional de Ilhabela nos últimos 50 anos. O gráfico mostra o forte crescimento entre os anos 1980 e 2000 e, talvez, uma leve tendência à redução no ritmo desse crescimento. O último ponto do gráfico refere-se a 2007 (IBGE), quando Ilhabela tinha 23.886 habitantes.


(Clica na imagem para ampliar)

Passado presente



Leia aqui meu artigo da quinzena.

O que o mantém em Ilhabela? O que faz com que você prefira este lugar a qualquer outro? Se você enriqueceu, talvez queira responder que foi o êxito profissional e as conquistas financeiras que o mantiveram aqui todos esses anos. Se não enriqueceu, se não conseguiu o êxito profissional desejado, dirá que o que o mantém aqui é a conveniência da beleza do lugar, da ascendência familiar ou a aparente possibilidade de não viver sob o peso dos problemas urbanos, porque aqui eles (ainda) são brandos e suportáveis. Nos dois casos, acredite, você estará tentando acobertar aquilo que realmente o mantém aqui — os sentimentos. Admita, você gosta daqui. Sempre gostou, no passado ou no presente.