sábado, novembro 13, 2010

Ciclovia: proibido para ciclistas

Ciclovia - Ilhabela

A temporada de navios nem bem começou e recomeçaram os sinais de desorganização.

Quinta-feira última (dia 11 de novembro) circulei por volta de meio-dia na ciclovia no trecho compreendido entre o Saco da Capela e a Vila. Havia tantas pessoas caminhando na ciclovia que desisti e fui pedalar na avenida. Antes disso, freei diante de um grupo que reclamou por eu estar ali e tive que explicar que ali era uma ciclovia.

Desde que existe a temporada de navios, o problema se repete: a ciclovia fica absolutamente tomada por pedestres no trecho citado. É evidente que essas pessoas não têm culpa; a desinformação predominará enquanto um acidente não acontecer -- e os riscos estão aí, para ciclistas que terão que voltar à avenida para pedalar ou para pedestres que andam tranqüilos imaginando que a ciclovia é um passeio.

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A gestão anterior não se dignou a concluir a ciclovia. A gestão atual, malgrado a expectativa que havia em torno dela, também não. Aparentemente as duas gestões não compreenderam algo muito importante; eu provavelmente já falei disso neste blog, mas repito:

1) Mais bicicletas circulando significam menos carros e motos nas ruas. Menos carros e motos nas ruas significa menos trânsito, menos poluição e menos acidentes graves.

2) O ciclismo, mesmo o urbano, é uma forma de envolver as pessoas em atividades físicas. Pessoas que se dedicam a atividades físicas costumam sentir isso na saúde.

3) Uma cidade turística litorânea precisa ter uma ciclovia bem sinalizada, informação correta e orientação decente. Por que? Porque cada uma dessas coisas faz parte de todas as cidades que tenham alguma pretensão de ter alguma relevância no turismo nacional ou internacional.


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Update: hoje (22 de novembro de 2010) tive a boa notícia de que as obras que acontecem junto ao Hotel da Praia (av. Pedro de Paula Moraes) são de construção do novo trecho da ciclovia. Some-se a isso a reforma urbana na Barra Velha, que também incluirá novos trechos da ciclovia. Talvez estes sejam dois bons sinais de que a Prefeitura decidiu olhar um pouco para nós, ciclistas, e de que teremos em breve uma outra realidade, diferente da que indiquei neste post. É aguardar para ver -- e para pedalar.